Postagem escrita em 02/09/2024
A sexualidade masculina, assim como a saúde sexual do homem, é um dos temas que mais geram tabus e preconceitos na sociedade. A falta de educação sexual e a cultura patriarcal e machista contribuem para que homens de todas as idades evitem conversar e buscar ajuda quando os primeiros sinais de alerta surgem. Confira mais detalhes!
A sexualidade masculina é um tema que precisa ser discutido de maneira aberta, clara e sem preconceitos, limitações ou vergonha.
Quando uma pessoa diz que é “normal falhar” na hora H, isso é verdadeiramente real e comum, porém, o que não pode acontecer é deixar com que a queda no desempenho sexual ou ainda no desejo se torne uma rotina.
Sabe-se que o apetite sexual do homem funciona de maneira diferente em relação à mulher. E, de acordo com estudos, com o passar dos anos é normal que haja uma queda de desempenho, que inclui a dificuldade de ereção após os 40 anos, por exemplo.
A ejaculação precoce ou retardatária, disfunção erétil e até falta de apetite sexual são problemas que podem ser passageiros ou definitivos.
De todo modo, sempre que alterações na rotina sexual forem notadas, é sinal de que algo não está funcionando como deveria e, claro, precisa ser investigado e tratado adequadamente.
Vamos conversar mais sobre sexualidade masculina e como identificar problemas e os possíveis caminhos para melhorá-los? Continue a leitura!
Em um mundo onde as exigências, cobranças e responsabilidades são cada vez mais altas, é normal que a saúde física e mental acabem sendo prejudicadas de algum modo.
Homens, no geral, são mais relapsos quando o assunto são os cuidados preventivos com a saúde. É comum que só procurem por um especialista quando sentem alguma dor, por exemplo.
Culturalmente, o homem – ainda nos dias de hoje – sofre com a chamada “síndrome de super-herói”. Que nada mais é do que a falsa ideia de que “homem não fica doente, não precisa de terapia e nem tem problemas sexuais”.
Como se a sexualidade masculina fosse afetada, marcada ou quebrada por unicamente cuidar e zelar pelo seu bem-maior: sua saúde.
A sexualidade masculina não está apenas ligada ao sexo propriamente dito, mas também ao seu comportamento, personalidade e modo de encarar e viver a vida.
Conversar sobre sexo, discutir gostos e preferências com a parceira ou parceiro, ter um bate-papo franco com amigos ou um familiar de confiança, ainda não faz parte da rotina da maioria dos homens.
É comum, por exemplo, que os homens não busquem tratamento para ejaculação precoce – que acontece quando o homem, ao mínimo estímulo, já chega ao ápice do prazer e goza.
Como, também, não procurarem um especialista quando existe a ejaculação retardatária – que acontece quando é necessário um longo tempo de estímulo: penetração, sexo oral, masturbação para, enfim, conseguir gozar.
O prazer nesses dois casos é colocado para escanteio, e o sexo passa a ser mecânico e, muitas vezes, unilateral – já que dificilmente a mulher vai conseguir ter uma satisfação na relação.
Em ambos os casos, há tratamentos relativamente simples. No entanto, para isso, é necessário quebrar a barreira da vergonha, e isso exige do indivíduo conversar abertamente sobre o problema e buscar ajuda profissional.
Cada pessoa pode apresentar um fator ou uma causa que interfere na sua sexualidade. Não existe diagnóstico fechado, por isso, buscar a raiz do problema com um profissional adequado é essencial.
Isso significa nunca apostar em automedicação ou soluções milagrosas que surgem em perfis de pseudo-especialista de redes sociais.
Se para a mulher o ginecologista é o profissional capaz de identificar e intervir nos cuidados e prevenções de doenças ligadas à saúde sexual, para os homens, o urologista é o médico que cuida da saúde sexual e reprodutiva, no caso das questões apresentadas serem de origem física.
Quando exames são realizados e não há nada que indique um problema capaz de ser tratado clinicamente por um urologista, o profissional, então, passa o caso para um terapeuta ou psicólogo.
Há também casos em que terapias multidisciplinares são aplicadas e indicadas, ou seja, o tratamento inclui mais de um profissional.
Dentre os principais fatores que afetam a sexualidade masculina e que podem ser identificados por um urologista ou psicólogo, estão:
É importante lembrarmos que sexo bom e uma vida sexual ativa e prazerosa não funcionam como uma máquina, com um botão de ligar e desligar.
Mesmo quando feito de maneira casual e, principalmente, quando há parceiros fixos de longa data, é preciso estímulo, excitação e desejo.
Logo, sexo frequente sem preliminares, apenas penetração nua e crua, pode, sim, afetar o desejo de homens e mulheres e, assim, baixar a libido.
Desinteresse no parceiro, relacionamentos sem diálogo, com brigas e ofensas, relação sexual apenas para agradar o outro, tudo isso afeta a sexualidade masculina.
Não há segredo, para ter uma saúde sexual ativa e satisfatória, além de cuidar muito bem do corpo e da mente – mantendo o check-up anual em dia – é preciso investir em uma rotina diária saudável.
Por mais difícil que isso possa parecer em um primeiro momento, mudar hábitos é o passo mais importante para o bem-estar sexual masculino.
Priorizar a si mesmo, suas relações e olhar para o seu corpo como um templo que precisa e merece ser zelado com primor só trará benefícios.
Por isso, siga as seguintes dicas:
A sexualidade masculina precisa deixar de ser um tabu, precisamos falar abertamente sobre tudo que envolve o prazer masculino.
Jogue fora a antiga cartilha careta, machista e misógina que, por longos séculos, criou o mito do “macho alfa” que não pode falhar e que se satisfaz apenas com o mecânico ato de: penetrar e gozar.
Permita-se olhar para si, enxergar quem de fato você é, suas preferências, desejos, medos, dúvidas, conflitos e saiba ir atrás de ajuda sempre que necessário.
E, então, curtiu nosso conteúdo para lá de especial sobre saúde sexual masculina? Que tal continuar aprendendo sobre o assunto?
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