Fetiche de submissão: como isso funciona?

Fetiche de submissão: como isso funciona?

ANÚNCIO

Postagem escrita em 07/06/2024

O fetiche de submissão levanta sempre muitas dúvidas. Afinal, o que pode e o que não pode? Na maioria dos casos, isso acaba sendo cem por cento confundido com sadomasoquismo, mas a verdade é que não é bem o mesmo.

Nesse artigo, lhe vamos falar dos principais tópicos, dúvidas e curiosidades, sobre o fetiche de submissão, justamente para que isso possa se tornar um assunto mais claro. Muitas pessoas sentem o desejo pela submissão, mas não sabem o suficiente sobre o tema.

Agora, não importa o quanto você sabe, ou deixa de saber. Basta que continue lendo e ficará por dentro desse mundo que muitos acham bem gostoso. 

O que é o fetiche de submissão?

Vamos começando por tentar definir um pouco essa prática sexual que se insere no universo do BDSM. 

O fetiche de submissão envolve uma pessoa fazendo tudo o que a outra ficar desejando e pedindo, praticamente sem restrições. O que gera prazer é justamente a situação de ficar nas mãos da outra pessoa para que ela faça com você tudo aquilo que ela quiser.

Nesse tipo de prática, o prazer é algo mais ligado ao outro do que a si mesmo. Quando a pessoa dominadora da situação entra em seu ápice de excitação, muitas vezes o submisso entra junto, justamente por depender tanto do prazer do outro.

Quanto ao que os parceiros podem ficar realizando nesse fetiche de submissão, a grande maioria das coisas são válidas, seja penetração, toque por todo o corpo e até mesmo agressividade em alguns dos casos. Em fetichistas mais extremos, podem incluir asfixia erótica, ou ballbusting, por exemplo. O limite é somente a imaginação e o desejo...

Existem perigos na submissão?

Como em todas as práticas sexuais extremas, no fetiche de submissão precisamos ficar de olho bem abertos para que exista somente prazer, sem nenhuma surpresa desagradável.

Nesse tipo de fantasias mais extremistas, é interessante estabelecer uma "palavra chave" - a chamada "palavra de segurança" - que não se encaixe dentro do contexto da situação. Desse modo, o submisso pode sinalizar quando algo está ficando muito pesado, ou quando está sentindo medo.

É necessário ter esse tipo de cautela justamente por que algumas vertentes da prática visam o prazer de uma forma muito agressiva. E, dependendo da situação, sem a parada do dominador, podem ocorrer situações perigosas que, nos casos mais graves, pode levar até mesmo à morte.

Fetiche de submissão nas mulheres

Muitas mulheres adoram ser submissas. Essa sensação de controle masculino pode gerar um prazer imenso na mulherada. O homem no controle pode abusar de artifícios para dar prazer para a mulher também.

Algumas mulheres sentem um extremo prazer na dor. Dessa maneira, se podem envolver em práticas de BDSM com seus parceiros, os autorizando a alcançar limites que seriam inaceitáveis para outras mulheres. Mas esse é o jogo que essas fetichistas amam, tirando disso somente momentos longos de prazer.

No geral, as mulheres são o público mais comum a se render à submissão, enquanto os desejos masculinos são mais de dominação. Mas também existe o inverso, precisamente porque essa ideia de mudar os papéis sociais que habitualmente se atribuem a homens e mulheres pode ser muito gostosa.

O fetiche de ser submissa e o feminismo

Para algumas pessoas, esse fetiche de ser submissa pode parecer estranho. Afinal, as mulheres ficaram lutando tanto para viver sem terem que se submeter aos homens. Será que esse fetiche não as faz ser completamente controversas?

Que mulher sente tesão em ser vendada ou tem o fetiche de amarração? E em tomar umas palmadinhas, seja com a mão, a palmatória ou o chicote? Essa mulher é apenas uma coitada que se submete a uma prática machista e ainda consegue gozar com isso?

Uma mulher que se rende ao fetiche de ser submissa, seja para o marido, namorado ou qualquer outro parceiro, não é uma coitada vítima do machismo. Muito pelo contrário.

Todo o fetiche sexual (ou relação sexual em si) só é praticado com consentimento de ambas as partes. Sempre, né? Isso, obviamente, se aplica a essa fantasia de ser submissa também, ainda mais porque envolve uma prática do BDSM.

Estamos falando de Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, e Sado-Masoquismo - as iniciais de BDSM. Portanto, se for praticada sem consenso, é abuso, tortura e crime, e não tem nada a ver com fetiche sexual.

A partir do momento em que é consensual, a mulher sabe o que quer e o que lhe dá tesão - só tem de se liberar dos preconceitos e deixar rolar...

Liberdade para ser submissa e feminista

Quando a mulher é feminista, ela quebra vários tabus e "regras" impostos pela sociedade. Ela é livre para ser quem quiser e como quiser, se soltando de preconceitos e de amarras.

Desse jeito, pode buscar sua plenitude e também encontra a liberdade para ser uma pessoa que gosta de sexo - isso era algo "proibido" às mulheres "direitas", ou um exclusivo dos homens.

E o que é o fetiche de ser submissa além de mais uma forma de praticar o sexo? Se você é mulher, feminista e gosta de sexo, que mal faz gostar de ser submissa? Nenhum, né?

A partir do momento em que você e o seu parceiro (ou sua parceira) estão em consenso, conversaram e combinaram previamente o que “vale” e o que “não vale” ao longo da prática, com todo mundo feliz e satisfeito, está tudo certo! 

Fetiche de submissão nos homens

Engana-se quem pensa que os homens não são submissos. A verdade é que um grande número de homens se vem rendendo ao fetiche de submissão, justamente porque tem crescido o número de mulheres que amam ser dominatrix. 

O femdom, ou seja, a dominação feita por mulheres durante o ato sexual, é uma tendência e é algo normal - ainda que alguns homens, mesmo que com o desejo de realizar isso, ajam com um certo tabu.

Veja que os homens são quase sempre criados com a intenção de serem fortes e dominadores, mas não há nada de errado em quebrar esse tipo de ensinamento ultrapassado.

Alguns caras fetichistas de submissão gostam de ser penetrados, agredidos e xingados, enquanto outros amam ter os seus testículos chutados, ou serem pisoteados - já ouviu falar do trampling, o fetiche de ser pisado? Na verdade, tudo depende de cada pessoa.

Com tantas vertentes e variações, vale a pena conversar com o seu parceiro e tecer boas ideias sobre isso, descobrindo até onde ambos concordam e onde ambos deixam de concordar em relação ao fetiche.

Algumas pessoas gostam de se revezar entre si, dominando um dia e sendo submissas em outro dia. Nada precisa ser sólido e sempre igual na cama - o bom mesmo é inovar! E o fetiche de submissão é algo válido como todos os outros fetiches que conhecemos, que devido a se mostrarem mais suaves, acabam sendo menos julgados.

Nem sempre sabemos ao certo como lidar com todas as informações que envolvem um qualquer fetiche, mas é sempre interessante descobrir novas ideias, até mesmo para apimentar sua vida sexual. O que acha desse fetiche de submissão? Já teve boas experiências com isso? Conte tudo para a gente!

Gostou? Então compartilhe!